
Por tanto tempo segui para longe do meu lar, vaguei pelo caminho dos espelhos achando ser o caminho certo. O chão foi perdendo a grama, o céu ficando cinza e eu sempre estive de olhos abertos para o que eles me mostravam mas por dentro estava cego. A cada passo a ferida abria no meu peito, a cada passo o sangue jorrava com os cortes dos espelhos que só refletiam meus erros. De início os passos foram ficando pesados, mas quando quase não havia mais sangue, meu corpo estava mais leve e o olho do meu coração estava coberto de sangue seco, completamente cego. Eu não sabia, mas estava morto há muito tempo.
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